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Do Leme ao Pontal: 35km de natação e novo recorde para Marcos Campos

Nadador de Taubaté supera recorde que pertencia à Luiz Lima, primeiro a realizar a maior maratona aquática do país. Foram 7h34 de natação, começando de madrugada

Por Rio de Janeiro

O mar do Rio de Janeiro foi doce com o atleta do interior de São Paulo. Em 7h34min Marcos Campos cruzou a nado do Leme, na zona sul da cidade, ao Pontal, no Recreio dos bandeirantes, zona oeste. Esta é a maior travessia reconhecida em águas abertas do Brasil, tem 35km de extensão. Com esse resultado, Marquinhos quebrou um recorde que durava 9 anos, estabelecido por Luiz Lima, um dos maiores fundistas da natação brasileira e primeiro atleta a realizar o prestigiado trajeto, tema do clássico soul de Tim Maia

do leme ao pontal (Foto: divulgação)Marcos Campos já estava nadando quando o sol nasceu, revelando a paisagem carioca (Foto: divulgação)

- Fiquei muito feliz em fazer uma travessia crescente, melhorando as médias conforme os trechos foram passando. Acredito que esse tempo ainda vai baixar, é um percurso ainda novo para muitos fãs da maratona aquática – disse o nadador de 32 anos. 

A travessia, organizada pela Leme To Pontal Swim Association (LPSA), foi oficialmente homologada pelas autoridades competentes em junho de 2016 e segue as regras das principais travessias do mundo, como o Canal da Mancha, Canal da Catalina, Estreito de Gibraltar, entre outras. A proposta é colocar o país na rota mundial dos ultramaratonistas aquáticos. Em 2016, foram seis tentativas entre travessias individuais e em forma de revezamento.

do leme ao pontal (Foto: divulgação)A surpresa ao encontrar a mãe, Norma Campos, ao completar a travessia no Pontal (divulgação)

Um dos maiores desafios é a natação noturna, já que a largada acontece de madrugada para maior segurança dos atletas. 

- Acordei à 1h30 mas não havia conseguido dormir direito por conta da ansiedade. Caímos na água às 3h30, o que é estranho para o corpo. Também é preciso ficar atento para não fazer nenhuma 'barriga' no percurso, já que a única referência é a luz do barco de fiscalização – contou.

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A baixa temperatura da água, que pode chegar a 16 graus, e as correntes são obstáculos que poderiam ter dificultado ainda mais a travessia, mas o mar colaborou desta vez. 

- O mar estava mexido à noite, mas ficou liso assim que entramos na Barra da Tijuca. Deu para apreciar o visual do Rio de Janeiro de um ponto de visa diferente – conta o técnico Samir Barel.

do leme ao pontal (Foto: divulgação)O mar, que estava mexido durante a noite, ficou calmo na chegada a Barra da Tijuca (Foto: divulgação)